Skip to main content

Algumas histórias do Passeio Público são menos mencionadas do que outras. Entre o desmonte do Morro das Mangueiras, o aterramento da Lagoa do Boqueirão e o afastamento do Passeio em relação ao mar, antigas presenças habitavam esse lugar: o Theatro Casino e o Casino Beira-Mar. Nas imediações, o Palácio Monroe.

Com a demolição do morro do Castelo, uma enorme esplanada se abriu, demandando novos usos. Em 1921 iniciou-se a construção dos “Pavilhões do Passeio” para que fosse concluída a tempo para a Exposição Internacional de 1922, o que não aconteceu. Os pavilhões foram inaugurados em 1926.

O Theatro Casino e o Casino Beira-Mar, com fachadas idênticas nos extremos do Passeio de frente para o mar, eram ligados por uma colunata e uma pérgula. O Theatro Casino, à direita da Esplanada do Passeio, ficava mais próximo ao Palácio Monroe, mais tarde também demolido. Os pavilhões do Passeio Público tiveram uma trajetória meteórica, com muito sucesso em seu início, algumas idas e vindas, e um desfecho desolador. Em 1936, as instalações do teatro e do cassino estavam completamente abandonadas. Assim como foram construídos, rapidamente os pavilhões foram demolidos. Em 1937 a propriedade dos edifícios foi devolvida à municipalidade, que procedeu à sua demolição.

Os “Pavilhões do Passeio” em cartão postal de época, c. 1926, autor desconhecido

Silhuetas do cabeçalho integram a identidade visual de Passeio Público, a cargo do Estúdio Afluente (Clara Meliande, Marina Sirito e Julia Sá Earp)